A origem do brasão provisório da vila assenta na apreciação feita pelo príncipe Alemão Lichnowsk, que ao visitar de passagem Condeixa-a-Nova e surpreendido pela beleza que a circundava e pela sua fantástica vegetação toda florida, a definira como um cesto de flores. Venceslau Martins de Carvalho, mais tarde Presidente da Câmara, aproveitou o que disse o príncipe e tomou como emblema heráldico da vila um cesto de flores, adquirindo a gravura que fez apor no "Código de Posturas Municipais", publicada no mesmo ano. Este emblema, que passou a ser considerado como brasão, foi mandado colocar nos paços de concelho, nos candeeiros de iluminação pública, fontes, etc. Posteriormente, a secção de Heráldica da Associação de Arqueólogos Portugueses definiu as armas da Vila da seguinte forma:
Armas:De azul, com uma faixa de prata, com um açafate de vermelho, com flores das suas cores. Em chefe, duas palmas de ouro cruzadas em aspa. Em contra-chefe, quatro espigas de trigo de ouro atadas em ponta de vermelho, acompanhando uma romã da sua cor, aberta de vermelho e sustida e folhada de ouro. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco, com os dizeres: - "Vila de Condeixa-a-Nova" de negro.Bandeira:Esquartelada de amarelo e vermelho. Cordões e borlas de ouro e vermelho. Haste e lança douradas.Selo: Circular, tendo ao centro as peças das armas sem indicação dos esmaltes. Em volta, dentro dos círculos concêntricos os dizeres "Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova". Como o metal e esmalte principais nas armas são o ouro e o vermelho, a bandeira é esquartelada de amarelo (que corresponde ao ouro) e de vermelho.Quando destinada a cortejos ou outras cerimónias, a bandeira é de seda e bordada e terá a área dum metro quadrado. Quando se destina a ser arvorada, é de filete e terá dimensões apropriadas, podendo neste caso dispensar a representação das armas. O azul indicado para o campo de armas é o que na Heráldica significa zelo, lealdade e caridade. A faixa é de prata, metal que detona humildade e riqueza. O vermelho do açafate é o esmalte que significa força, vida, energia e actividade. As flores que existe por toda a parte são das suas cores. As palmas, representativas dos sacrifícios, que a Vila sofreu com a invasão Francesa, são de ouro por ser este o metal que significa fé, fidelidade e liberdade. As espigas representativas da riqueza agrícola regional, são cor do mesmo metal atadas de vermelho. A romã, representando heraldicamente a abundância de frutos, é da sua cor, aberta de vermelho e sustida e folhada a ouro, esmaltes cuja significação já se descreveu. Com estas peças e estes esmaltes, parece ficarem bem representadas a história e as riquezas da região, assim como a índole dos seus naturais.
Apresentado o parecer em sessão de Câmara Municipal, de 12 de Janeiro de 1938, foi ele devidamente apreciado e por ela unanimemente votado.
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